Ciclista Caldasnovense bate recorde mundial de Travessia das Américas

Caldas Novas / 624

"Léo Pedalando pelo Mundo" como é conhecido, realizou o maior desafio de bicicleta. Foram 22.434,79 km pedalados em 95 dias, 16 horas e 57 minutos

Leandro Carlos da Silva, também conhecido como "Léo Pedalando pelo Mundo", completou um novo recorde mundial da mais rápida travessia de bicicleta do extremo norte da América, de Prudhoe Bay, no Alasca até o extremo sul da América, em Ushuaia, na Argentina, superando o recorde anterior em 02 dias, 04 horas e 12 minutos.

O desafio foi realizado de maneira autossuficiente, ou seja, sem apoio, em 95 dias, 16 horas e 57 minutos. Leandro superou o recorde anterior sem suporte que era do alemão Jonas Deichman, que realizou a mesma travessia em 2 dias, 4 horas e 12 minutos, conquistado em novembro de 2018.

O ciclista Caldasnovense, iniciou sua jornada no dia 30 de maio, em Prudhoe Bay, no norte do Alasca, a tentativa de estabelecer um novo recorde mundial. O objetivo: chegar à Bahia Lapataia, no Ushuaia, no extremo sul da América do Sul, em menos de 97 dias. Léo também estabeleceu o novo recorde da travessia mais rápida sem suporte da América do Norte (Proudhoe Bay) à América Central (Cidade do Panamá), em 49 dias. O anterior para o mesmo trecho era de 52 dias.

Como Leandro realizou o desafio de maneira autossuficiente, sua jornada não foi acompanhada por um veículo de apoio, assim, cabia a ele lavar sua própria roupa, carregar seus equipamentos eletrônicos, além de comprar sua comida. Quando não encontrava hotel nas cidades em que pernoitava, ficava em sua barraca de camping, ou dormia ao relento nos acostamentos das rodovias do trajeto.

Ao longo de todo o percurso, o ciclista enfrentou as mais diversas intempéries e condições extremas: frio extremo no Alasca, incêndios no Canadá, ondas fortes de calor e chuvas de granizo nos Estados Unidos e México, dificuldades nas passagens de fronteiras na América Central, falta de internet e energia elétrica na Venezuela, estradas precárias (sem asfalto) no Brasil e na Bolívia, frio e ventos contrários na Patagônia Argentina.

A bicicleta utilizada foi uma Gravel Bike e passou por três revisões durante toda travessia. A primeira nos Estados Unidos, a segunda no Panamá e a terceira no Brasil. Foram quatro jogos de pneus, quatro cassetes e oito correntes durante toda travessia, com a bicicleta Univox da Swift Carbon. Os componentes são da Shimano e a coroa da Ictus.

Léo pedalou sem nenhum dia de descanso. Fez média de 236,15 km por dia. De acordo com Leandro "Em 2022, tentei quebrar o recorde, mas por problemas de saúde tive que adiar o sonho. Nesse ano, mais preparado, munido de barraca de camping, com ajuda de especialistas, estabeleci a rota que ia seguir antes mesmo de sair do Brasil, e esses foram fatores primordiais para a conquista do objetivo", explicou lembrando seu bordão: "Bora girar o pedivela. É pra frente que se anda".

Para a aventura, o ciclista teve apoio da Shimano, Sense, Swift Bicycles, Caldasnovasapp, Ictus.Its e LM Mining Company.

Fonte: Gazetaesportiva
Fotos: Reprodução/Rede social