Polícia Civil realiza busca em empresa de construtor suspeito de extorsão armada em Caldas Novas

Policial / 569

Empresário do setor de construção civil é investigado por exigir R$ 10 mil de cliente e ameaçá-la com arma de fogo

A Polícia Civil de Goiás deflagrou na manhã desta terça-feira (9) uma operação de busca e apreensão contra um empresário de 43 anos, suspeito de praticar extorsão mediante grave ameaça com possível emprego de arma de fogo. As diligências foram executadas pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC) de Caldas Novas, que cumpriu três mandados judiciais na residência e empresa do investigado.

O caso teve origem em uma denúncia envolvendo a construção de uma residência financiada pela Caixa Econômica Federal. Segundo as investigações, o empresário do ramo de construção civil foi contratado pela vítima para executar a obra, que seria paga com recursos liberados pelo banco federal mediante o cumprimento das etapas do projeto.

Obra inacabada gera conflito

De acordo com o relato da vítima às autoridades, a construção não foi concluída dentro dos padrões exigidos, o que impediu a liberação da parcela final do financiamento pela Caixa Econômica Federal. Diante do impasse, o construtor teria passado a pressionar a cliente para receber diretamente dela o valor de R$ 10 mil, referente ao pagamento pendente.

As investigações apontam que, durante as cobranças, o suspeito teria adotado métodos intimidatórios. Em ligações telefônicas, o empresário supostamente exibiu uma arma de fogo à vítima e proferiu diversas ameaças, caracterizando o crime de extorsão qualificada pelo emprego de arma.

Medidas cautelares aplicadas

Com base no conjunto probatório reunido e considerando outros fatos delitivos envolvendo o investigado, a Polícia Civil requereu à Justiça a prisão preventiva do suspeito. O pedido, no entanto, foi indeferido pelo Poder Judiciário, que optou por aplicar medidas cautelares alternativas.

Entre as restrições impostas estão a proibição de manter qualquer tipo de contato com a vítima e seus familiares, além da vedação de aproximação dos envolvidos no caso. O magistrado também autorizou a realização das buscas domiciliar e empresarial solicitadas pela autoridade policial.

Material apreendido será analisado

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais do GEIC apreenderam diversos objetos considerados relevantes para a elucidação do caso. Todo o material coletado será submetido à análise técnica no decorrer do inquérito policial, que continua em andamento sob sigilo.

A 19ª Delegacia Regional de Polícia de Caldas Novas não divulgou detalhes sobre a natureza específica dos itens apreendidos, alegando preservar a investigação. O empresário não foi localizado para comentar as acusações.

O caso ilustra a crescente preocupação das autoridades com crimes que envolvem relações comerciais, especialmente no setor de construção civil, onde disputas contratuais podem evoluir para situações de violência e intimidação.

O crime de extorsão, previsto no artigo 158 do Código Penal, tem pena de reclusão de quatro a dez anos, além de multa. Quando praticado com emprego de arma, a pena pode ser aumentada em até dois terços, conforme previsto nas qualificadoras do dispositivo legal.

A Polícia Civil orienta que vítimas de extorsão ou ameaças procurem imediatamente a delegacia mais próxima para registrar ocorrência. O GEIC de Caldas Novas está localizado na 19ª Delegacia Regional e atende casos de maior complexidade na região.

Fonte: Central de Flagrantes/19ª DRP – Caldas Novas

Fotos: Reprodução/19ª DRP – Caldas Novas