Equatorial Goiás identificou ligações clandestinas e medidores adulterados em 26% dos estabelecimentos vistoriados. Uma pessoa foi presa
Uma operação de combate ao furto de energia elétrica realizada pela Equatorial Goiás, com apoio das Polícias Civil e Científica, revelou um cenário alarmante nos municípios de Caldas Novas e Rio Quente. Em apenas dois dias de fiscalização, 14 dos 55 supermercados e comércios inspecionados — o equivalente a 26% dos estabelecimentos — foram flagrados cometendo fraudes no sistema de medição de energia. Uma pessoa foi presa em flagrante.
As irregularidades identificadas vão desde os populares “gatos” — ligações clandestinas feitas diretamente na rede elétrica — até sofisticadas adulterações em medidores de energia. Um dos casos mais graves ocorreu no bairro Santa Efigênia, em Caldas Novas, onde um estabelecimento operava totalmente fora do sistema oficial, sem qualquer medidor instalado. A responsável foi detida e encaminhada à delegacia.
A operação chegou também a uma rede de supermercados com atuação nas duas cidades. Segundo a Equatorial, cinco unidades foram vistoriadas — quatro em Caldas Novas (duas no Centro e duas no Bairro Turista) e uma em Rio Quente — todas com indícios de manipulação nos medidores.
A ação faz parte de uma ofensiva contínua da concessionária para combater as chamadas perdas não técnicas — aquelas que não envolvem falhas estruturais, mas sim furtos de energia, erros de medição e fraudes intencionais. Segundo a Equatorial, desde o início da concessão, foram realizadas 475 ações de fiscalização, resultando em 289 prisões. Apenas em 2025, já foram realizadas 117 operações e efetuadas 77 prisões. Em 2024, o número chegou a 158 prisões, em 290 operações.
O impacto econômico desses crimes é repassado para toda a população. Dados do setor elétrico apontam que, a cada R$ 100 pagos na conta de luz, cerca de R$ 2,60 são direcionados para cobrir os prejuízos gerados por fraudes e perdas não técnicas.
Mas o problema vai além do financeiro. Ligações clandestinas representam risco iminente à segurança pública, podendo causar curtos-circuitos, incêndios, choques elétricos e sobrecarga na rede, comprometendo o fornecimento regular e colocando vidas em risco.
“A prática ilegal não se limita a zonas residenciais ou periferias. Está presente também em grandes comércios, hotéis, centros de treinamento e até prédios residenciais”, destacou a Equatorial Goiás em nota oficial.
Denúncias podem ser anônimas
A concessionária reforça o papel da população no combate às fraudes e incentiva denúncias anônimas por meio do telefone 0800 062 0196. “Cada denúncia ajuda a proteger a rede, reduzir custos e garantir um serviço mais seguro e eficiente para todos”, completou a empresa.
Com informações de Diário de Goiás
Foto: Arquivo/Divulgação – Equatorial Goiás