Unidades vinculadas Observatório Nacional (ON) e Agência Espacial Brasileira (AEB) transmitirão o fenômeno
Neste sábado, dia 14 de outubro a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) será aberta com a transmissão ao vivo do Eclipse Solar Anular. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio das sua unidade vinculada Observatório Nacional (ON), transmitirá pelo canal do Youtube do ON. O evento terá início às 11h30 da manhã e durará até 18h (horário de Brasília).
O eclipse será visto como anular numa faixa de terra que passa por dezenas de municípios de oito estados do Norte e Nordeste brasileiro, como: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Rio Grande do Norte e Pernambuco. No restante do país o fenômeno será parcial.
O fenômeno acontece quando a lua se posiciona a frente do sol deixando apenas um ‘anel de fogo’ visível do astro rei. A lua conseguirá cobrir cerca de 69% do sol, explicou o astrônomo cultural Clayton Gubio, do Instituto Gunstar Team.
Segundo Clayton, por estar na região central do país, boa parte do eclipse vai ficar visível em Goiás. “Nós aqui do centro-oeste pegamos uma faixa bem interessante de eclipse que deve ir de 51% a 69%. E deve começar por volta das 15h30 e ir até o pôr do sol”, explicou Clayton. O fenômeno poderá ser visto em Goiás das 15h30 até o pôr do sol, explica astrônomo. A média de intervalo entre um eclipse e outro é de dois anos.
O eclipse anular do Sol será transmitido em todo o seu trajeto desde a costa oeste dos EUA até o extremo leste do Brasil, graças às parcerias firmadas com órgãos internacionais Time and Date e a Nasa. Eles disponibilizarão as imagens dos telescópios dos EUA, América Central e Colômbia. Já o Brasil vai disponibilizar as imagens nacionais para o mundo. Astrônomos amadores e profissionais, professores e divulgadores estarão distribuídos na faixa de anularidade para fazer a transmissão em tempo real, diretamente dos seus telescópios.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) fará a retransmissão do ON por cerca de 3h, narrada em tempo real, a partir de Brasília (DF), nos estúdios da AEB em telão. Já o MAST retransmitirá pelas suas redes sociais @museudeastronomia numa parceria com o ON, além do parceiro Instituto Federal do Maranhão (IFMA) @tvifma.
A transmissão do eclipse via internet só será possível graças à tecnologia backbone (intermediário na transmissão de mensagens e dados entre redes locais) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), unidade vinculada do MCTI. A ferramenta dá um panorama de tráfego e preserva a boa comunicação em altíssima velocidade. Uma equipe está envolvida no trabalho realizando diversos testes para garantir a perfeita visualização do fenômeno no dia 14/10.
Óculos especiais
Para uma observação segura do eclipse solar são necessários alguns cuidados. Em hipótese alguma deve-se olhar diretamente para o Sol. Também não se pode olhar para o Sol usando equipamentos inadequados como películas de raio x, óculos escuros, ou qualquer outro material caseiro. A observação deve ser indireta (por projeção) ou direta somente com o uso de óculos especiais com filtros solares certificados (ISO 12312-2) a fim de preservar a visão. “A transmissão ao vivo é uma excelente opção de observação segura, pois, transformará o fenômeno da anularidade que dura cerca de 4 minutos, em um evento de 6 horas”, diz a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional.
Assista no link https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Foto: Zev Hoover/ Divulgação Nasa/Reprodução/Pixabay